domingo, 28 de novembro de 2010

Movimentos de resistência

Consoante à implementação das políticas de ajuste estrutural nas esferas federal, estaduais e
municipais, mesmo com a valorização do trabalho cooperativo entre as escolas e as famílias, apresentada
pelo governo Hélio Garcia (Silva, 1999), o discurso oficial apresentava muitas lacunas e restrições ao pleno
exercício da autonomia escolar, a exemplo da delimitação no espectro dessa autonomia, e a exclusão dos
grupos comunitários na gestão escolar.www.rieoei.org/deloslectores/2875




Tomava impulso não apenas a retomada dos Colegiados Escolares como órgãos de gestão, como
também a eleição como critério de seleção para o cargo de diretor escolar, cargo que, até então, era
utilizado como objeto de barganha política entre grupos e setores simpatizantes do governo.
A partir dos diálogos com os movimentos sociais, o programa das reformas para o setor educacional
apresentou cinco prioridades:

Dada a abrangência, visibilidade e força das manifestações, os movimentos de resistência realizaram
diversas negociações com o governo, que, por fim, assumiu o compromisso de atender vários pontos
reivindicados, principalmente os relacionados com a democratização da gestão nas unidades escolares.

1) Autonomia da escola, nos aspectos financeiro, pedagógico e administrativo.
2) Fortalecimento da direção da escola, através da liderança da diretora e do Colegiado.
3) Programa de aperfeiçoamento e capacitação, com o treinamento de professores, especialistas e funcionarios.
4) Avaliação do Sistema Estadual de Educação, prevista pela Constituição.
5) Integração com os municípios (Rocha, 2000, p. 169).

4 comentários:

  1. O entendimento de que alunos e pais devem ser o centro das atenções do Sistema Estadual de Educação e de
    que o papel do órgão central é o de ajudar a escola a ser melhor, nada mais é do que a aplicação do princípio
    da GQT, que coloca o cliente em primeiro lugar. Alunos e pais são os principais clientes da escola, enquanto as
    escolas são os principais clientes dos órgãos central e regionais (Minas Gerais, 1994b, pp. 45-46).

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  2. O entendimento de que alunos e pais devem ser o centro das atenções do Sistema Estadual de Educação e de
    que o papel do órgão central é o de ajudar a escola a ser melhor, nada mais é do que a aplicação do princípio
    da GQT, que coloca o cliente em primeiro lugar. Alunos e pais são os principais clientes da escola, enquanto as
    escolas são os principais clientes dos órgãos central e regionais (Minas Gerais, 1994b, pp. 45-46).

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  3. Devemos esperar pela revolução para
    operacionalizarmos a tão desejada transformação na Educação, mas que
    devemos encontrar formas de luta que apontem nessa direção.

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  4. Estamos vivendo momento de profundas transformações. Ninguem sabe ao certo para onde se caminha e nem qual o caminho a seguir. A sociedade atual encontra-se em profunda crise, na qual somos remetidos a repensar nossos valores e atitudes. Como nos aponta Gramsci, citado por Gadotti (1998, p. 86), «vivemos um momento histórico no qual o bloco hegemônico dominante entra em crise, frente à ameaça de um novo bloco histórico».

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